A Paços-de-Ferreirização do Sporting

A propósito da mais recente contratação do Sporting (Cristiano, brasileiro que jogou no Paços de Ferreira e fez tanto furor na Grécia que já veio recambiado) e da tão propalada venda de Liedson, é cada vez mais evidente que o Sporting não está numa corrida pela liderança do campeonato (a curto ou médio prazo), mais parecendo que se conforma em lutar com Braga, Guimarães, Nacional e, lá está, Paços de Ferreira pelos lugares que dão lugar à Europa.

Mais caricato é pensar que nos últimos dois anos, os leões adquiriram os passes de Caicedo, Pongolle e Torsiglieri (entre muitos outros, não tão mediáticos, mas igualmente risíveis) por um valor muito perto dos 30 milhões de euros, e acabam de “despachar” o melhor marcador de sempre nas competições europeias (o jogador com mais golos marcados no campeonato português no século XXI) e um dos símbolos do clube dos últimos anos, por uns míseros dois milhões de euros.

A dança dos treinadores também não tem sido nada abonatória de um futuro brilhante (a Paulo Bento, sucedeu o fugaz Carvalhal, e a este o intempestivo e intratável, mas não muito efectivo, Paulo Sérgio)…

Resta-me terminar com uma frase, lapidar, que li num jornal: "Num clube sem líder, sem Direcção, sem rumo e sem equipa, também já não há matador."

Felicidades, Liedson, na tua nova aventura. Deixas saudades, muitas saudades.