domingo, maio 10, 2009

Tecnologia 3G


Em Abril de 2003, assisti pela Sporttv àquela que foi a arbitragem mais escandalosa de um jogo da 1ª liga no século XXI (até ao momento). Foi um tal fartar-vilanagem que até uma das câmaras avençadas fez um close-up das bancadas e captou um espanhol de alcunha «El Solitário» a tirar notas num bloquinho como se estivesse numa acção de formação. O palco, como não podia deixar de ser, foi o Estádio do Dragão num jogo que opôs a equipa patrocinada pela Taberna do Infante frente ao Moreirense num encontro arbitrado por um jovem que fazia o seu tirocínio no 1º escalão: José Godinho. Este senhor permitiu tudo: perdoou dois penalties aos azuis, fez que não viu entradas assassinas dos defesas do FCP, anulou um golo limpo a Alex e para coroar uma arbitragem de alto gabarito, viu-se Vítor Baía a perder uma jogada fora da grande área e a placar, em jeito de tackle de rugby, um adversário que seguia isolado para a baliza, creio que Manoel. Resultado? O árbitro deixou seguir a jogada e os azuis venceram por 1-0. Manuel Machado, na altura treinador da equipa minhota, utilizou eufemismos para qualificar o alentejano. As suas palavras foram mais ou menos as seguintes: «Foi uma arbitragem à moda antiga, tão antiga que já cheirava a bolorenta». Pinto da Costa não se fez rogar e retirou imediatamente do Moreirense o único jogador que tinha sido emprestado pelos portistas: o paraguaio Quintana, de tão boa memória…Que audácia!!
Pensei eu que tal frete iria ser distintamente pago e que (anos depois de José Pratas) voltaríamos a ver um árbitro alentejano na lista de internacionais, tal a qualidade do desempenho. Para o meu espanto, alguém na Torre das Antas não fez bem o seu serviço e Godinho foi despromovido à 2ª categoria onde se arrastou durante mais algumas épocas a apitar derbies do quilate de um Cabeça Gorda- Desportivo de Beja ou de um Messinense- Quarteirense. Nunca mais ouvi falar deste senhor até… ontem. Rezam as crónicas que o encontro que abriu o Campeonato Nacional de Juniores A foi polémico qb, com o Sporting a ser continuamente espoliado. Mesmo no final do jogo, depois da assistência por lesão a um jogador leonino, o FCP prova que até nas camadas mais jovens inculca o sentimento de batota a qualquer preço. Devolver a posse de bola? Não!!! Isso é para maricas!! Vai daí, goolo. Quem era o árbitro? JOSÉ GODINHO!!
A expressão «fair play» não é conhecida na SAD das Antas. Primeiro porque os responsáveis da SAD não sabem falar inglês e o único que até arranha alguma coisinha (o sr. Teles) só sabe o suficiente para ensinar às suas «colaboradoras» frases como: «Please, mr. Referee, you must use condom» ou «You with the whistle, don’t cum in my mouth because my throat is killing me». Mas estamos a ser injustos, porque algumas altas figuras do FCP até têm noção de «fair play», pois pensam assim: «Sim, senhor, isto é que é fair-play porque a fruta que disponibilizo aos árbitros e presidentes dos clubes satélites é a mesma que eu consumo. Toma lá que é democrático!».
Assim, no rescaldo do «treta», vemos que, dos 3 grandes, o FCP é quem melhor interiorizou a evolução tecnológica no desporto. Enquanto Sporting e Benfica continuam na fase do «walkie-talkie», o FCP já aderiu ao 3G: Guímaros, Godinhos e Gamanços.

3 comentários:

Ricardo Costa disse...

Reys,

Continua a sua armada contra o FC Porto, é antes quebrar que torcer.

Unknown disse...

Curioso, no mínimo, este artigo que pergunta se o Benfica ainda deverá ser considerado um grande do futebol nacional (fazes bem em virar-te para os júniores): http://www.tvi24.iol.pt/desporto/liga-porto-benfica-sporting/1062009-4062.html

Dylan disse...

Dá-lhes Reys!