
O consagrado dramaturgo, autor de obras como "O Auto da Barca do Inferno" ou "Quem tem farelos?", dificilmente se lembraria de um argumento tão picante e corrosivo como o que resultou do embate entre Benfica e o seu clube homónimo de Barcelos. De facto, o Gil Vicente (clube) foi à Luz humilhar o campeão nacional (não sei se já foi promulgado o decreto, com estas exibições ainda é pedida impugnação), por duas bolas a zero.
Quem viu o jogo não ficou minimamente surpreendido (o Benfica nada fez para evitar este desfecho) e o Gil até podia ter feito mais estragos (o Ronald Koeman segurou-se mais uns dias, mas vem aí o Sporting...).
É já um dos piores começos de sempre do clube da Luz (2 jogos, 1 ponto e zero golos, o chamado 2-1-0, como diria o Gabriel Alves), mas, tenho um pressentimento, com tendência para piorar, e o recorde do pior arranque está mesmo ali ao lado (do outro lado da 2ª circular, mais precisamente).
A jornada que aí se aproxima tem tudo para se tornar uma verdadeira tragédia grega, com um Sporting - Benfica ao rubro e o nervoso miudinho a brotar das declarações dos dirigentes. A velha táctica do terrorismo verbal quando as coisas não estão bem no nosso quintal continua a dar cartas.

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