domingo, maio 15, 2005

Ricardo, Coração de Murcão


Relembro com inusitado prazer a euforia dos adeptos sportinguistas no início da época 2003-2004 quando o propalado «melhor guarda-redes português» havia acabado de assinar um contrato de 4 épocas de leão ao peito. Entre as frases de euforia, recordo esta que havia de tornar-se profética: «Este guarda-redes é daqueles que garante um título». E valeu... o do iminente título do Benfica. Ricardo é um guarda-redes de calibre razoável, com a grande limitação de sair mal aos cruzamentos, lacuna que o impede de alcançar voos mais altos. Nesse aspecto, Ricardo é muito similar a Neno, um guarda-redes que alternava o bom com o péssimo, demonstrando grande inconsistência nos momentos decisivos.
Graças ao resultado do jogo de ontem, o Benfica tem 75% de hipóteses de cheirar as rosas do Éden, privilégio que lhe vem fugido há onze épocas consecutivas. Como adversário tem agora o FCP, retirado da agonia devido a dois factores: um golo de Macaco Carthy precedido de domínio do esférico com o braço (se bem que temos de dar o benefício da dúvida ao árbitro, visto que em relação aos símios é muito difícil distinguirmos quais são os membros superiores e os inferiores). O segundo factor foi a inexplicável letargia do Rio Ave que, apesar de jogar em casa, entregou o comando de jogo aos Dragões, numa interessante táctica completamente diferente daquela que Carlos Brito utilizou frente ao Benfica, jogo em que os vilacondenses pareciam o Speedy Gonzalez, dada a raça que colocaram na disputa de cada lance. Curiosamente, nas cinco jornadas posteriores, não marcaram mais nenhum golo. Vá-se lá saber porquê, não é, Petit?
Fazendo um pouco de futurologia, aposto os meus pêlos púbicos em como todos os meses de salários em atraso do plantel do Bessa serão subitamente colocados em dia, graças a factores motivacionai$$$$ provindos da Torre das Antas.

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