Nuno, o Valente

Nuno Valente lesionou-se no passado dia 4 de Setembro de 2004, ao serviço da Selecção Nacional, na Letónia. Este jogo ficou célebre pela famosa entrada em campo de uma adepta local que resolveu mostrar os seus dotes físicos.

Na altura, a avaliação da lesão não era muito grave: “parece ser uma entorse no joelho sem gravidade”, pensava-se então.

Uma ressonância magnética indicava dias depois que não era uma lesão grave, pelo que Nuno Valente permaneceu ao serviço da selecção. Um dia depois foi dispensado e regressa ao seu clube.

A entorse era afinal uma rotura parcial do ligamento cruzado. O clube azul e branco reagiu mal ao tratamento aplicado ao jogador na selecção.

O calvário de Nuno Valente tinha então começado. Cinco meses de paragem, de alguns avanços e muitos, muitos recuos.

A 14 de Novembro os responsáveis do F.C. Porto equacionam a hipótese de submeter o lateral a uma intervenção cirúrgica. O caso era delicado, surgem dúvidas sobre a viabilidade da recuperação e o clube tudo faz para proteger o jogador. Debaixo de um grande secretismo Nuno Valente desloca-se a França para ser observado por um especialista francês neste tipo de lesões. Apesar de ser uma lesão delicada, a operação foi posta de lado. A Federação Portuguesa mantém-se afastada de todo o processo.

O clube vê-se então obrigado a contratar um lateral esquerdo, não podia esperar por Nuno e foi às compras na reabertura do mercado. Em Dezembro chega Leandro. Nuno Valente continua o seu longo calvário.

5 de Fevereiro de 2005: Estoril – F. C. Porto. Nuno Valente regressa à equipa. Aos poucos vai-se ambientando ao jogo e acaba por fazer os 90 minutos. O Porto ganha, o Nuno sorri. Está de volta, depois de uma longa caminhada.

Bem vindo Nuno. E a selecção também vai agradecer... um dia quem sabe até irá tratar melhor os seus atletas... quem sabe?