
Tendo chegado ao SCP na temporada de 2007/2008 , vindo do União Desportiva Internacional de Bissau, Bruma demonstrou ser um avançado muito rápido, de grande técnica e com uma excelente capacidade de finalização.
Bruma naturalizou-se português, tendo inclusivamente participado no Europeu de sub-17, realizado no Liechtenstein em 2010, onde foi o jogador mais novo a pisar os relvados.
Com apenas 15 anos, e com um longo caminho a percorrer na sua formação, Bruma foi apontado pela imprensa britânica como sendo um dos alvos preferenciais do Chelsea Football Club e a verdade é que tal como Ronaldo desde muito cedo que começou a queimar etapas na sua formação.
No seu primeiro ano de juvenil, já era titular indiscutível da equipa principal do Sporting deste escalão, e jogava na Selecção de sub-17, tendo inclusivamente feito um jogo pelos sub-18. No ano seguinte, ainda com idade de Juvenil, passou a jogar nos Juniores e na Selecção sub-19, que representou no Europeu de 2012, disputado na Estónia.
Em 2010 foi distinguido com o Prémio Stromp "Academia Sporting", numa altura em se preparava para assinar o seu primeiro contrato como profissional, no meio de alguma polémica, devido ao interesse que já despertava aos "tubarões" do futebol europeu.
Na temporada de 2012/13 apesar de ainda ser Júnior, foi integrado na Equipa B, um projecto que o Sporting retomou nessa altura, assegurando de imediato a titularidade e tornando-se numa das principais figuras de uma equipa que fez uma excelente época.
Com a chegada de Jesualdo Ferreira ao comando da primeira equipa do Sporting, Bruma foi definitivamente integrado no plantel principal, fazendo a sua estreia, e logo como titular, num jogo frente ao Marítimo a contar para o Campeonato Nacional.
Agarrou a oportunidade e daí para a frente jogou sempre, confirmando ser um verdadeiro diamante por lapidar e voltando a despertar o interesse de grandes clubes europeus, numa altura em que a renovação do seu contrato continuava por resolver.
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Socorro-me de uma crónica recente de João Querido Manha para justificar a angústia pela existência de engajadores e de pseudo-craques que, por estas opções, não mais merecem do que ser recordados pelos seus feitos mercenários.
Passou cerca de um mês e o jovem Armindo continua sem se apresentar e os responsáveis leoninos esperam sentados, resignados e dececionados.
Diretamente da formação, como as gentes da bola gostam de chamar aos pseudoprofissionais que alimentam de vícios nos seus escalões de adolescentes, para o mercado das grandes oportunidades e dos negócios irrecusáveis, a transição desastrada dos Brumas desta vida repetem-se todos os anos.
Nos anos de formação das futuras estrelas do jogo é evidente que ninguém lhes ensina a lidar com as perigosas tentações do Mundo.
Casos perdidos nas brumas da memória podiam ajudar estes jovens deslumbrados a escalonar um trajeto por objetivos em escala, devidamente enquadrados e em passos seguros. Seria este o papel dos pais, tutores, agentes, advogados, representantes ou simples amigos.
Há tantos, tantos, casos de jovens prometedores que se perderam por maus conselhos, muitas vezes pagos em percentagens obscenas, que a cíclica repetição destes episódios não pode deixar de surpreender. Porque os intermediários responsáveis por estes desvios nunca revelam aos jogadores que, normalmente, passam a ser malvistos pelos dirigentes e acabam a ingressar numa pista de progressão na carreira mais lenta e mais armadilhada.
Entre um jogador problemático, marcado, e um voluntarioso e paciente, o
patronato não hesita.
Talvez ajudasse a Bruma, ainda a tempo de arrepiar caminho, em vez da companhia de um capanga no treino de manutenção, um amigo com memória desse extenso rol de esperanças para ajudá-lo a vislumbrar um futuro mais radioso.
Talvez ajudasse a Bruma, ainda a tempo de arrepiar caminho, em vez da companhia de um capanga no treino de manutenção, um amigo com memória desse extenso rol de esperanças para ajudá-lo a vislumbrar um futuro mais radioso.
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