Equívoco 1 – Os laterais
Nunca existiram verdadeiras alternativas a Danilo e Alex Sandro. Quando no início da época se pensava que Miguel Lopes podia dar luta ao primeiro, cedo se percebeu que tal como na esquerda, isso seria uma ilusão: Mangala, Maicon, Quinones (?), todos eles foram ensaiados, mas a verdade é que Alex Sandro foi sempre insubstituível. Tal como Danilo... até à exaustão.
Equívoco 2 – Um polvo sem companhia
Mais um insubstituível, este já há vários anos. Fernando não tem ninguém para dar continuidade na sua posição, e por isso só não joga se não conseguir andar. Mesmo diminuído é o único do plantel que assegura aquele lugar, como ninguém. E por lá já passaram Moutinho, Maicon, Defour, Castro… até, noutras épocas, Nuno André Coelho, Prediger, Bolatti, etc… depois de Paulo Assunção, aquele lugar nunca mais conheceu outro dono, e isso limita tremendamente a equipa.
Equívoco 3 – O “eterno” Lucho
Se a chegada de Lucho Gonzalez, a meio da época passada, foi provavelmente o principal fator da conquista do título, seria óbvio que esta época o seu papel na equipa fosse menor, atendendo até aos muitos milhares de km's que já leva na pernas… puro engano: continua a jogar todos os jogos, em todas as competições, como se ainda tivesse 25 anos. Também aqui se pode alegar falta de matéria prima, mas Defour, Castro, Izmailov e até Tozé, estão lá, e deduzo que não seja só para treinar. Pelo meio “vendeu-se” Belluschi…
Equívoco 4 – O efeito “Jesus”, mas ao contrário
É sabido que as equipas de Jesus vacilam perto do final da época. Foi assim na época passada e mesmo noutros clubes por onde JJ passou. Vai daí, Vitor Pereira optou por não poupar a sua equipa, apostando num onze fixo, alterando apenas por questões físicas. Resultado: o Benfica rodou mais de 20 jogadores em todas as provas (Maxi Pereira não fez ainda um jogo a titular na Liga Europa), lançou os putos para a fogueira, ganhou uma equipa. Vitor Pereira ainda não percebeu que o ano passado apanhou a embalagem duma equipa feita, com o melhor Hulk. Este ano teria que fazer muito mais…
Equívoco 5 – Liedson, o homem do joelho e meio
Quem conseguir explicar esta contratação que me esclareça: o que raio veio ele fazer para Portugal quando já nem a seleção o chamava?
Equívoco 6 – Atsu, Kelvin e Sebá, juntos, não fazem (ainda) um grande jogador
O Porto dispensou Djalma, um jogador feito, e ficou com alguns projetos de jogador. E com isso queria atacar três competições, uma delas a Champions, e revalidar um título contra um adversário tão forte como a equipa de Jesus?
Equívoco 7 – Jackson e Moutinho à prova de tudo
São dois jogadores de classe mundial, sem dúvida, ao nível de tantos outros que por lá passaram. Como tal, qualquer abaixamento de forma ou lesão, têm consequências imediatas na equipa. Cabe ao treinador gerir a sua disponibilidade, porque sem substitutos à altura, estes jogadores têm que estar nos jogos mais importantes. No pior mês de Jackson (um golo), o Porto perdeu 6 pontos no campeonato, e a lesão de Moutinho (e recaída) coincidiu com este período e o afastamento da Champions. Coincidência?
Nota1: Optei por escrever este texto na véspera duma final, da Taça da Liga, provavelmente o único título que o FC do Porto ainda pode aspirar. Acho mais fácil falar agora, antes das coisas estarem realmente perdidas, e quando o discurso de VP ainda é "racional". E não estou a querer agourar.
Nota2: Escrevo isto porque ainda não me convenci totalmente que o titulo, este ano, já era. Ao contrário dos meus amigos benfiquistas, nós estamos muito mal habituados, e já não tinha lembrança duma coisa assim... felizmente!
Nota3: Algumas (muitas) das opções aqui criticadas não são da exclusiva responsabilidade do treinador. Ele até pode nem ter pedido o Liedson, mas antes o Higuain... mas o treinador é o rosto do plantel e tem que assumir, sempre, a sua gestão.
Nota4: Se estiver errado, se o título ainda sorrir a VP, eu próprio irei retratar-me, publicamente, e tal como na época passada, afirmar que existem razões que a própria razão desconhece.
Nota5: Em condições normais, noutra altura, este Porto seria campeão. Aliás, nos últimos 15 anos, apenas uma vez VP não estaria na frente do campeonato, com esta pontuação. Mérito de Jesus? Sim, sem dúvida, mas isso não retira nada ao que escrevi em cima. O Porto tem que ser campeão, todos os anos, porque se não for, tudo está mal. Esta é a cultura dum grande clube. Só os outros adeptos consideram normal não serem campeões por vezes. Para nós, um segundo lugar é a pior classificação possível.
sexta-feira, abril 12, 2013
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1 comentário:
A minha alma está parva? Já dás o campeonato por perdido? Perdeste a confiança no Proença e no Olarápio?
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