domingo, abril 29, 2012

A força da austeridade ética



Estas lágrimas pueris de um infante orgulhoso da Mística que corre no seu sangue são o penhor descoroçoado de um campeonato infeto pela corrupção e deslealdade. A nomeação de Olegário não foi inocente, tal como não foram inocentes as duas grandes penalidades sonegadas a Cardozo e Saviola, vítimas de violentos empurrões na grande área. Aqui não se trata de uma questão de mau-perder ou dor de cotovelo, mas se há época em que foi pornograficamente visível a existência de dualidade de critérios em favor dos azuis e brancos foi esta. Mas infelizmente, o ludíbrio está já enraízado a uma tal profundidade que até os diversos agentes desportivos acham normal a equipa do futebolzinho inconsequente e medíocre do Vitinho ser eleita campeã nacional. Em tempos de austeridade financeira, a arbitragem não iria fazer perigar a sua garantia de confortabilidade.

Por isso, criança, não chores. Orgulha-te do bastião de ombridade e probidade do símbolo cozido no teu peito junto ao coração. Para que possas crescer alicerçado na força do ódio e do asco que te nutrirá na luta contra o Mal. E lembra-te: o campeonato não foi perdido hoje, mas naquela malfadada noite de Barcelos em que Vítor Pereira apelou à arbitragem para entregarem-nos as faixas. Nesse dia, um Vítor Pereira abriu os olhos. Não é difícil de adivinhar qual deles foi...





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