sexta-feira, dezembro 17, 2010

O voo do Falcão

Há jogadores que não enganam. Mal chegam mostram logo a fibra de que são feitos. Radamel Falcão é um daqueles (raros) jogadores que pertence à categoria dos grandes predestinados.

Tinha chegado com a hercúlea tarefa de fazer esquecer Lisandro Lopez, uma das grandes referências do ataque portista dos últimos anos. Como que indiferente a isto, a sua adaptação foi instantânea, tornando-se rapidamente numa referência para toda a equipa.

Como o que conta, muitas vezes é a primeira impressão, recordo aqui o primeiro golo oficial que marcou pelo Porto, logo na primeira jornada, contra o Paços de Ferreira, na Mata Real (o joga acabaria empatado a uma bola).
Falcão voa sobre os centrais
Esse golo há-de ficar para sempre na minha retina. O jogo estava complicado, o Paços é uma equipa aguerrida. Um cruzamento para a área e Falcão, no meio dos defesas, salta e, ainda no movimento ascendente, deita-se "no ar" e cabeceia a bola por cima dos indefesos homens do Paços.

Obra de arte, como tantas outras que viria a assinar com a camisola azul e branca. Um prenúncio de que tinha chegado o matador. O homem-golo. Este fim-de-semana, Falcão volta ao local do crime, à Mata Real. De certeza que lhe trará boas recordações, e de certeza que muitas mais se seguirão.

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