sábado, maio 16, 2009

TETRA

Uma vez mais comovo-me no final da época. "Mais do mesmo" dirão os meus amigos donos da bola. Um, vence outra aposta (que me ofereço para dividir Holmes) e é tetra-campeão; Outro é tetra vice-campeão; outro, tetraplegicamente, lamenta-se pelo não-assinalar do penalti na Choupana, justificando a tétrica luta pelo 5ª lugar destas últimas jornadas.
Jesualdo, surpreende, não pela qualidade da equipa, mas pelo bom futebol extra-Dragão e pela intermitência dos jogos intra-muros.
Após a mediocridade do último título ganho pelo Benfica, entrámos num novo ciclo dragoniano que agora termina com a conquista do 2ª tetra, culminando com mais um estádio de não-investimento dos púpilos do Visconde, ao invés dos desafiantes costumeiros.
Comove-me a inflexibilidade do Paulo Bento, assim como a capacidade técnica do mesmo que, com condições semelhantes às dos seus comparsas, teria 4 títulos no seu currículo.
Utopia, conjuntura, falta de estrutura ou jogo de cintura! Talvez. Mas é difícil assisitir ao desempenho das fornadas de Alcochete condicionadas pela inflexibilidade gestionária de querer gerar receitas quando a farinha ainda não fermentou. Um Nani decadente tornou-se um negócio efeverscente; um Veloso vaidoso tornou-se numa "barboseira" pasmaceira; um Djaló empolado tornou-se num negócio fracassado. Aniquile-se a seita de empresários e o pensamento de transferência assim que abre o mercado com as consequências trágico-desportivas advenientes. Matem o Bosman.
Mérito ao Jesulado que conseguiu, apesar dos diferendos hulkianos, colocar a frota hispano-americana a ganhar; Demérito ao Francisco Flores que conseguiu retirar as "ganas" aos garotos vaidosos, principescamente pagos pelo Arquiduque de Florença!
Acreditando na continuidade do Paulo Bento e na anarquia luso-americana do Dragão do próximo ano, independentemente da ida do J.J. para o Dolce Vita (não se vai queimar para o Seixal, a não ser que vá organizar a Festa do Avante), a próxima época será leonina. Assim a permissividade do 1ª terço do campeonato e a paralisia da arbitragem da Liga sejam ultrapassadas.
Esta leitura visa apenas uma interpretação: valorizar os tetra. O fim do ciclo Jesualdo tenderá para uma inversão de papeis. O bobo, o ónus do investimento, o eterno campeão antecipado prosseguira o seu caminho fracassado.
Visconde

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