segunda-feira, abril 13, 2009

Sai um cafézinho...


A propósito deste excelente artigo de opinião do senhor Rui Cartaxana, que continua a poluir páginas e páginas de jornais com devaneios e frustrações pessoais, lembrei-me de fazer uma homenagem a todos aqueles pobres de espíritos que continuam a olhar para o lado (e para cima), sem verem o seu umbigo.

Nos últimos anos, e polémicas à parte, o Futebol Clube do Porto, tem sido palco para os melhores jogadores portugueses e a actuar no campeonato nacional, potenciando ao máximo a sua ascensão e valorização internacional e beneficiando a própria selecção nacional (basta lembrar que a equipa-tipo do Euro 2004 de Scolari era nada mais nada menos que o esqueleto da equipa de Mourinho). Mesmo os treinadores que por cá têm passado têm sabido valorizar-se (salvo raras excepções), bastando para isso referir que o próprio Jesualdo Ferreira (benfiquista dos 7 costados) nunca tinha ganho nenhum título antes ter o privilégio de treinar a equipa do F. C. Porto.

O próprio Manuel José, que nutre um pequeno ódio de estimação por Pinto da Costa, já afirmou várias vezes que nunca foi campeão nacional porque nunca treinou a FCP, sendo célebre a sua frase: "Quem treina o Porto arrisca-se a ser campeão!".

De onde vem então tamanha força e sucesso incondicional? Deixando de lado a nobre arte de especular fantasiosamente para o senhor Cartaxana, resta-me enunciar apenas alguns dos operários que têm servido este clube e que depois foram chamados pela Europa dos ricos:

Vítor Baía (-> FC Barcelona)
Fernando Couto (-> FC Barcelona, Espanha)
Secretário (-> Real Madrid, Espanha)
Paulo Futre (-> At. Madrid, Espanha)
Branco (-> Génova, Itália)
Zahovic (-> Valência, Espanha)
Kostadinov (-> Deportivo, Espanha / Bayern)
Rui Barros (-> Juventus, Itália)
Sérgio Conceição (-> Lázio)
Jorge Andrade (-> Deportivo, Espanha)
Doriva (-> Sampdoria, Itália)
Emerson (-> Middlesbrough, Inglaterra)
Ricardo Carvalho (-> Chelsea, Inglaterra)
Paulo Ferreira (-> Chelsea, Inglaterra)
Hilário (-> Chelsea, Inglaterra)
Deco (-> FC Barcelona, Espanha)
Nuno Valente (-> Everton, Inglaterra)
Pepe (-> Real Madrid, Espanha)
Quaresma (-> Inter, Itália)
Anderson (-> Manchester United, Inglaterra)
Hugo Almeida (-> Werder Bremen, Alemanha)
Diego (-> Werder Bremen, Alemanha)
Costinha (-> Dínamo de Moscovo, Rússia)
Maniche (-> Dínamo de Moscovo, Rússia)
Pedro Mendes (-> Everton, Inglaterra)
Benny McCarthy (-> Blackburn, Inglaterra)
Bosingwa (-> Chelsea, Inglaterra)
(...)

Muitos outros grandes jogadores passaram pelo balneário das Antas com excelentes resultados (Sérgio Conceição, Drulovic, Paulo Assunção, Derlei, Alenitchev, Carlos Alberto, etc.), embora não ao mesmo nível dos supra-citados. A equipa de Mourinho no Porto, por exmplo, foi quase toda ela "exportada". Se juntarmos a isto Mário Jardel, cuja afirmação Europeia não aconteceu por factores estranhos ao futebol, temos o pano de fundo perfeito para o domínio interno do FC Porto nos últimos anos...

Um grupo tão grande de jogadores de topo, pagos a peso de ouro pelos seus clubes, não se fabricam com manobras de café ou conversas à luz da vela. Há todo um trabalho de prospecção,
Por alguma razão o Porto caminha triunfal para o tetra-campeonato...
Por alguma razão estes jogadores foram chamados para brilhar nos grandes palcos...

Há quem, no entanto, prefira continuar a perseguir moinhos de vento, esquecendo-se, por exemplo, que nisto do futebol, como em tantas áreas, nunca há inocentes nem virgens, apenas culpados (nem que seja por omissão...).

Mas a esses a história não perdoa...

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