Travessias

Após um longo período estival, eis que surgiu a bola a rolar pelos relvados portugueses, incluindo o do estádio do Bessa, embora sem o "digamos" Pacheco (cuja carreira deverá prosseguir caminhos similares às do insondável Prof. Neca ou, até, do famigerado Henrique Viet Calisto), logo se destacando o odor do futebol leonino contra as hostes trofenses e bracarenses.
Sem surpresas, o distanciamento face aos seus adversários directos, incluindo o dream-team bracarense, com o judeu João Pereira como fina-flor da escumalha do J.J., aparentou uma normalidade transtornante perante as duas equipas mais sul-americanas da Europa e América.
No entanto, o São Gregório da Liga de Futebol Profissional com o asco-mor da FPF, após a saída do Suíno Felipão, lá conseguiu camelizar uma caminhada que tenderia para que há 6ª jornada, caso se realize antes do Natal, os Pégasos de Alcochete dispusessem de 7 e 10 pontos de avanço face aos concorrenes directos: Trofense e Rio Ave.
Foi penoso ver a equipa arrastar-se os primeiros trinta minutos em Barcelona, como se não treinassem ou jogassem há dois meses. Felizmente, os filhos do Madureira conseguiram em dois minutos solucionar o que aparentava ser tarefa quixotesca, para além do mal menor napolitano. Elucidem-me, por favor: por que motivo não pararam os campeonatos por essa Europa fora? Será que o Carlitos Fergie Queirós já consegue manietar os meandros da Praça da Alegria e da Constituição. Se assim é, tragam-me o Morten Olsen!
Bem, entremos na 3ª ronda deste fantasmagórico campeonato. Será que alguém ainda se lembra da acidental cotovelada do Luisão ao Sapu qualquer coisa? Será que alguém ainda consegue identificar um jogador oriundo das camadas jovens do clube do Seixal, vulgo benfica, em qualquer equipa portuguesa das duas divisões profissionais? Será o Suazo um filho do Mário Wilson? Será que o departamento médico do porto proibirá, à semelhança do Real Madrid, as tatuagens dos dedos mindinhos do Lucho e do Raúl Meireles, única zona epidérmica por desvirginizar?
Enfim, é bom receber o campeonato de volta! Mais não seja pelas saudades dos enciclopédicos comentários do Serafim Saudade da Sic Notícias.
Continuemos a degladiarmo-nos, caros amigos da blogolândia, pois nem a selecção enche barrigas, nem o facto de metade dos clubes portugueses participarem em competições europeias, pese o sucesso reconhecido, consegue superar o ânimo e a beleza de uma jornada de futebol. A bem da nação, como se afirmava nos meus tempos na aristocracia salazarista!