terça-feira, março 13, 2012

O labirinto de amores perros


Indubitavelmente, vive-se uma era em que a blogosfera interfere nos focos de decisão. E ontem, a blogosfera benfiquista uniu-se em torno da divulgação de um caso lamentável que em nada ajuda a uma credibilização da nossa Liga Profissional de Futebol.
Durante o seu mandato como Diretor Executivo da Liga, guilherme aguiar soube ser um eficaz braço armado de um sistema criminoso que estendeu o seu poder tentacular às mais diversas parcelas do organograma do futebol português. O plano era simples e revelou-se eficaz: fazer uma reformulação no quadro de delegados e observadores da Liga, preenchendo-o com elementos afectos ao futebol clube do porto, preferencialmente ex-dirigentes de modalidades amadoras e afins. Estava gizada assim uma inteligente forma de coação sobre as arbitragens, branqueando assim todos os meios mais torpes que guindassem o fcp às vitórias.
Este inefável manuel armindo que, ao que me dizem, foi dirigente da secção de formação do fcp, foi brilhantemente desmascarado por ter caído no pecado mortal da soberba. Julgando-se infalível, pronunciou-se como qualquer adepto tripeiro com baixa instrução escolar e moral, acabando por personificar o símbolo erróneo e estigmatizado do que a opinião pública associa a um adepto do fcp: reles, mesquinho, prosaico, batoteiro, desonesto e inepto.
manuel armindo foi um dos peões do Sistema, um braço armado da «siciliarização» da liga de guilherme aguiar. Foi aliás visível o embaraço deste causídico (?) quando, em pleno «Dia Seguinte», o Dr. Rui Gomes da Silva o confrontou com a suspensão de tão douto delegado que, na época passada, havia branqueado no seu relatório as agressões feitas por elementos do staff portista (com rui cerqueira à cabeça) a jogadores e dirigentes do Marítimo em pleno estádio do dragão.
Como José Marinho referiu hoje, pronunciando-se sensatamente sobre este assunto, o que armindo escreveu assumidamente sobre o Benfica e o seu Presidente é partilhado por outros delegados da Liga que não têm o «savoir-faire» de criar um perfil no Facebook, assumindo um antibenfiquismo primário na assunção das suas funções enquanto funcionários da Liga. Assim se explicaria muita da porcaria que grassa à tona deste esgoto chamado liga portuguesa de futebol profissional. Quanto ao armindo, lembrei-me das sábias palavras que um dos meus associados de blogue me dirigiu num final de um jantar: «No mural do Facebook, só se deve escrever aquilo que nós gostaríamos que a nossa mãe lesse...»
Sinto que o Benfica, consciente da sua grande responsabilidade ante a próxima revolução iniciada com a recusa da venda dos direitos televisivos à olivedesportos e a consequente derrocada do Sistema que aí advirá, deverá colocar-se na vanguarda de um exército de licitude e transparência. Nem que para isso, tenha que se chamar os bois pelos nomes. Só que «boi» é um conceito tão subjetivo e como tal, seguirei as regras de estenografia do manuel armindo: só atribuirei as letras maiúsculas em palavras que se refiram a alguém mesmo importante.

Sem comentários: